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Entre aspas: O fato de você se odiar...


De que adianta dizer o que você sente se nada lhe faz lembrar de um passado lindo. Nos dias frios de dezembro, e de todos os meses, você sente falta de dizer um oi. Um oi que venha até a nós e que não nos deixe amanhã, de todas as peças que você já reconstruiu em todos os dias da sua vida. Apenas abra os seus olhos, fique bem, sorria, ou chore. O que você achar melhor, o que você estiver através de momentos que a sua vida lhe proporcionou. Mas ali estou eu, não seguindo os seguintes conselhos que lhe dou, que lhe dei e que vou lhe dar. Não sirvo para mim mesma, acho que você me roubou e não quis me devolver. De todos os lado em que já olhei você sempre estava ali, mas eu vendo o mundo como ele queria que eu o visse. Estou aqui esperando o melhor dia da minha vida chegar, enquanto eu abro e fecho os meus olhos cuidadosamente. E os dias da sua vida vão passando sem os ponteiros do seu relógio contá-los. Seu relógio parou e você parou junto com ele. Você deixou tudo para trás, e ai está. Nos dias frios dos meses em que você não gostaria que passasse, ou dos meses que você gostaria que não existisse. E me diz. O que devemos fazer sobre o agora? Sobre o agora que não existe? Você havia me contado que sempre olhava para o céu, para que o tempo parasse para que eu pudesse chegar mais rápido até você. E eu me sinto como uma dessas estrelas que lhe observa de noite, hoje estou me sentindo assim, e ainda vou tentando correr até você, mas tento correr enquanto possuo uma corda em minha cintura que me puxa para trás. Eu me lembro do dia em que o seu oi veio até a mim, não foi nada do que achei que seria, mas cá estava eu, de frente a minha vida, prestes a ser atirada de um penhasco, E essa noite, essa noite de hoje, eu não sei como me sinto, se me sinto de lado a lado ou se me sinto uma ninguém. Mas os sentimentos veem á tona esta noite para que podemos acreditar nas palavras que no final de tudo tentaram lhe descrever, ou das palavras que tentaram lhe entender enquanto você estava ali tentando entender a sua própria vida. E olhando as suas fotografias estou eu lembrando de todos os momentos em que você me fez crescer rindo. Elaborando nossa história de amor, lembrando de quando você se importava comigo e quando eu não era apenas mais uma migalha arremeçada ao chão por você mesmo. Mas você ainda é meu, e eu sei que ainda sou sua. De todas as vezes em que atravessei aquela porta da nossa vida e que lhe vi rindo comigo. Porque ainda tenho as lembranças de algo que não me fez? Pelo menos por um tempo não, mas fez. Acabou me fazendo mudar com o tempo, fiquei fria e toda medrosa, medrosa assim, medrosa pelo meu coração, medo por ele mesmo, por ele ser arrancado do meu peito mais uma vez e ser jogado em meio a uma fogueira que teria pessoas em volta batendo palmas por ver ele ali se queimando em quanto o tempo passava. Não tivemos um adeus. Foi apenas um oi que se tornou um pó e que depois disso não foi trazido a mim ou até a nós, uma palavra alguma que fizessemos recomeçar tudo de novo. Não sei qual a sensação de um adeus, e creio que você também não. Mas sabe a sensação de milhares “oi” que você espalhou por ai, por cada “oi” que você espalhou andando por ai nas ruas da sua cidade encontrando algum conhecido seu. As vezes eu tentava lhe observar mas não entendia nada pelo que se passava por você. Você tão quieto sentado na mesa daquele restaurante, olhando para o tempo, pensando na vida, não sei…Me deixou preocupada ou até mesmo encucada por eu querer saber o que você estaria pensando naquele momento. Sei apenas a sensação de dor. Uma tal de dor ai que acabou virando a minha companheira diária, mas que chega a ser invisível e morre de vergonha ou medo de se manifestar de acordo com o nosso humor. Sabe, a tal da dor machuca, ela me corta e queima, mas, será que vale a pena no final? Se é que existe algum final. Se não existir poderia existir um começo, mas estou morrendo de preguiça de começar tudo de novo. Mas não estou pensando que está tarde demais, porque eu sei que no final vou acabar recomeçando tudo de novo, de uma forma nova ou até de uma forma pior. Eu queria saber prever o futuro, para saber o que me vem por ai para mim. Eu queria saber mas na maioria das vezes me pergunto que graça tem a vida se não tiver um pouco de dor, um pouco de lágrimas e um pouco de rancor sobre a sua vida. A vida chegar a ser tão inútil que tirando o seu “v” acaba virando a seguinte palavra que atormenta todo mundo creio eu. “Ida.” Por mais que algum dia você sabe que irá voltar a sua vida antiga, mesmo que seja de alguma forma diferente… Você volta mas volta sabendo que não será mais a mesma idiota de sempre que manifestava suas dores e que fazia dramas de novela juntamente com a ele própria. Não sei se é exatamente isso, mas nós mulheres por algum lado nos iludimos com as novelas quando existe algum casal fofo de adolescentes, ou com um filme de amor que acontece tudo derrepente, e que por incrivel que parece, acontece só em filmes. Será que faz algum sentido? Será que essas histórias de filmes e de novelas acabaria fazendo alguma diferença na minha vida? Na nossa vida. Gosto mais de me iludir com livros, quem sabe eles contam alguma história mais real. Mas é a mesma coisa de se sentir como uma pessoa qualquer em qualquer noite fria, e não saber o que fazer enquanto você está ali pensando nas palavras, no casal, e no amor que te iludiu. […] Ainda espero pelo dia em que você virá até a mim com um sorriso no rosto, e eu vou ali estar de frente com o momento da minha vida, o momento real para mim. Porque real? Porque eu ainda acredito em nós, acredito em mim e acredito em você. As vezes lhe acho sim um sem coração, mas porque ele esteve comigo o tempo todo e eu nunca tinha percebido. Enquanto teu coração estava comigo, o meu estava com você. Penetramos um no lugar do outro sem nós mesmo percebermos a grande dádiva que estavamos em nossas mãos. Algum dia, de algum jeito nós vamos estar juntos sabendo que estamos. Vou fazer ou até mesmo a própria vida irá fazer tudo acontecer como deve acontecer ou da maneira queremos. Pretendo lhe proporcionar todas as minhas palavras e todos os meus sentimentos juntamente com uma capa e 500 páginas. Pretendo lhe fazer ler e lhe fazer chorar de felicidade. Gosto mais quando você tem os teus sorrisos bobos, de preferência ficando timido. Teu ciúmes tão lindo. Se é que tem algum ciúmes, mas acredito que sim. Você tem ciúmes do meu coração que está com você, e faz tempo que você não abraça ninguém, eu sei disso porque eu faço o mesmo, faço o mesmo com medo do teu coração que está aqui do meu lado esquerdo do peito encostar em algum outro coração e ele não ser mais meu. Apesar de tudo, apesar de você ser um sem coração para mim, e eu ser uma sem coração para você, estamos ligados de alguma forma. Somos praticamente uma linha telefônica, que recebe qualquer ligação de segundos em segundos. Só para lhe avisar mesmo, só para você saber, o teu coração aqui bate a 1000 quilômetros por hora. E queria lhe agradecer pela forma da qual você cuida do meu coração, você não o deixou cair, não o jogou em alguma fogueira, mas o acolheu, o protegeu, e ama ter ele com você. O mesmo eu. Desculpa apenas pelas palavras que fez você nem que seja por minimos segundos ou minutos sentir raiva de mim. […]Você me ganhou pensando que eu ficaria bem, e você me contou que me olhava por dentro sem eu perceber, e acreditava em mim. Mas talvez não seja motivos tão reais.As vezes nossa simbiose seja só mais uma história de algum filme, mas não é, porque eu te tenho comigo. Por mais que você esteja longe, mas você está perto ao mesmo tempo. O pior momento é esperar de baixo da lua, com meus braços encolhidos observando as estrelas, em alguma noite gelada por ai, você chegar até a mim. Eu lhe prometo que ainda vou parar o planeta terra para que você possa chegar mais rápido. Até porque nunca me senti tão completa na minha vida. Deixei de ligar para mim mesma, para me ligar a você. Deixei de me preocupar comigo, para me preocupar com você. Se você estava bem, se estava feliz, se estava mal, se estava para baixo, se estava doente, gripado, infeliz… Me preocupei com tudo, me preocupei até mesmo com o seu amor por mim. Apesar de como diz a prória Martha Medeiros, um “eu te amo” não diz tudo. Mas presto atenção no teu como se fosse minha própria vida diante de mim mesma. Dou graças a Deus por ter você comigo, mesmo que não te tenha aqui, aqui do meu lado, para que eu possa lhe morder com todas as minhas forças e lhe deixar sem ar por motivo qualquer. Por nenhum motivo. O fato de me imaginar ali, no arco da porta vendo você sentado sobre a nossa mesa, e eu ali com a sua camisa branca que você me emprestava para eu não sentir frio, me deixava cada vez mais esperançosa pelo nosso amor. E me pergunto se me fazia bem. E o pior é que fazia, ou faz. Na verdade, faz sim. O mais engraçado de tudo é que quando a gente ama, a gente nos odeia, nos odeia amando o outro, nos odeia chorando pelo outro, nos odeia sentindo pelo outro, nos odeia por não estar perto, por morar longe, e por simplesmente não poder fazer nada de acordo com isso. O mais engraçado de tudo, é que o fato de você se odiar, não conta mais como um fato, enquanto o coração do amor da sua vida está com você, e o seu com ele. O fato de você se odiar, não conta mais como um fato, quando você se torna as estrelas e ele a lua, e quando vocês estam juntos ironicamente separados. O fato de você se odiar, não conta mais como um fato, quando você é amado, e quando você ama. O fato de você se odiar, não conta mais como um fato.


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