0

Entre aspas: Última carta, último amor

Não que te importe, não que faça alguma diferença em tua vida o que sinto ou deixo de sentir por ti, mas devo avisá-lo que me machucastes, muito. Me deixei indefesa e lhe mostrei todos os meus medos, lhe perdi perdão inúmeras vezes e mesmo assim me negastes. Ignorei, mesmo que me quebrasse um pouquinho mais cada dia por dentro, até que abristes teu sorriso para mim. Me senti como um prisioneiro voltando para casa depois de uma longa sentença. Tive medo de como te tratar, pois havia virado uma pessoa fria e te ferir para me proteger havia se tornado rotina.

Minha última carta chegou às tuas mãos aos solavancos, enviada contra minha vontade, e afinal eu estava certa, é a vida certo? Tua indiferença me machucou, fez parecer que meus sentimentos eram baratos, descartáveis. Preferiria teu silêncio, do que tuas palavras desajeitadas, ambíguas, sem sentido. Preferiria que tu tivestes sido gentil, sutil e não aquele furacão. Engraçado como os nossos papéis se alternaram. Eu costumava ser o furacão que mexia com a tua quietude, teu jeito fechado de ser.

Que diferença fez? Me diz que te tocou fundo na alma, que minha intensidade te assustou e que és somente um garoto, mas que entende, e que não quer me ver triste pelos cantos, como tenho ficado. Me protege, não finge que as coisas ainda são as mesmas. Chega de mansinho, por trás, me abraça, me bate, faz o que quiser, mas faz algo.

Ei, antigo amor, novo amor, meu amor, por que não me visitas fora de meus sonhos? Por que não falas que fui tola em não encostar meus lábios nos teus naquela noite? Por que não fala que sou boa o suficiente para ti? Às vezes sinto que não sou sabes? Às sinto que não me desejas somente porque não sou bonita o suficiente, magra e curvilínea o suficiente, inteligente o suficiente. Às vezes te sinto tão perto, mas toda vez que tento te tocar minha mão atravessa o ar.

Ainda te quero aqui, caso não saibas, caso não leias esta carta, como planejo. Ainda te quero na minha cama, puxando meus cabelos, me observando dormir, me servindo café na cama. Ainda te espero, eternamente.

Atenciosamente, a que sempre vai ser tua, Camila Reis.

Quer saber quem escreveu esse texto?


O texto acima não é de autoria minha, eu achei em um tumblr e não conseguir identificar o verdadeiro autor. Ps.: Todos os textos que estarão na tag "Entre aspas" são copiados e creditados por mim. Ás vezes eu leio, me identifico com o texto e trago para vocês lerem e automaticamente se identificarem também. Espero que gostem disso!

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...